Acordei inspirada, metafórica e resolvi contar o que aprendi com o ciclo da videira. Afinal, a natureza ensina que antes de alcançar amadurecimento e plenitude é preciso tempo, cuidado e paciência.
Descobri na aula de vitivinicultura que para colher uvas é necessário paciência, pois nos primeiros anos as videiras não produzem frutos. Primeiro a planta precisa fortalecer e desenvolver para só então ser capaz de gerar colheitas consistentes.
Com a GastroRosé não foi diferente. Esse foi o meu estágio de planejamento, aprendizado e preparação para suportar as responsabilidades. Foi frustrante, não vou negar.
Enfim, videiras prontas, chega o momento de apreciar o ciclo vegetativo que se repete a cada ano e de sair do repouso profundo da fase de dormência. Vem o fim do inverno e início da primavera, quando a planta começa a perder seiva depois da poda e recuperar nutrientes para brotar.
Surgem então as primeiras folhinhas e os ramos começam a crescer com a chegada do verão, depois nascem as flores que se transformam em cachos de uva: a cada flor fecundada se desenvolve uma uva. É mágico!
Concluída a floração e a fertilização, vem a época da realização. É a hora que exige mais atenção. A uva inicia o processo de maturação e fica exposta.
Para mim, quando a cor começou a surgir, foi o momento de agir e de cuidar muito mais da Ana e da GastroRosé. Precisei mostrar trabalho, me posicionar e nos blindar bastante. Mas, se a uva consegue, eu também conseguiria.
Finalmente, então, chegam os resultados! É tempo de ser feliz com a colheita, de aproveitar os brindes e se preparar para o merecido descanso no outono.
E, tal como acontece com a videira, alegria renovada, reiniciamos um novo ciclo de mais planejamento, aprendizado e maturidade.
Por Ana Carla Wingert de Moraes.