Bariloche – dica de roteiro para você aproveitar a primavera na região dos lagos da Patagônia.
Além de passar uns dias em Buenos Aires, aproveitei as férias para conhecer a região de Bariloche. Mesmo fora da temporada de neve, a paisagem é exuberante e a cidade um charme para os fãs de natureza, vinho e gastronomia.
Circuito Chico, Centro de Bariloche e Cerro Otto
Ainda que você não faça nenhum passeio maior, em um dia é possível conhecer o centro de Bariloche, onde estão a maioria dos restaurantes, lojas e agências de turismo. Aliás, na nossa experiência, foi melhor contratar os passeios direto na cidade ao invés de sair do Brasil com a programação feita.
Os dias em Bariloche são bastante longos. Amanhece cedo e o sol se põe por volta das 20h. Em geral, todos os fins de tarde voltamos e ficamos pelo centro aproveitando para passear um pouco mais.
Fizemos em uma tarde o passeio do Circuito Chico com a agência Vivencias Travel e conhecemos o Cerro Campanario, o hotel Llao Llao e uma pequena fábrica de Aceite de Rosa Mosqueta. Algumas pessoas conseguem incluir a Cervejaria Patagônia nesse passeio, mas, como fomos mais tarde para a agência, acabamos não conseguindo.
Outro passeio que valeu muito a pena e é rápido para fazer, saindo do centro da cidade, é o Cerro Otto. Lá de cima da montanha é possível tomar um bom café da Confiteria Giratoria e ter uma visão privilegiada de toda a cidade.
Sete Lagos e San Martín de los Andes
O passeio pelos Sete Lagos com almoço em San Martín de Los Andes é um charme. Embora não tenha parada em todos os lagos (o que no final acaba até sendo melhor), todas as paisagens são inesquecíveis e a viagem cheia de cultura.
Mesmo conhecendo muita coisa incrível pelo caminho desde Bariloche, a viagem inicia oficialmente por Villa La Angostura, em uma parada rápida, na qual é possível comer um Waflle saboroso na Cucú Schulz. Depois, seguimos pelo Lago Espejo, Lago Correntoso, Lago Falkner e Lago Machónico até chegar em San Martín de Los Andes.
É uma viagem linda pela Ruta 40, que passa ao lado da Cordilheira dos Andes em boa parte do trajeto e onde é possível observar a rica diferença entre a vegetação de Bariloche e de Neuquén.
Também fizemos esse passeio com a agência Vivencias Travel.
Isla Victoria e Los Arrayanes
Soa até repetitivo, mas a beleza do Lago Nahuel Huapi, que rodeia quase toda Bariloche, é tanta que não custa ser insistente. E o passeio de catamarã para a Isla Victoria e Los Arrayanes tem que fazer parte do itinerário.
O azul do lago de águas glaciais, que reflete o lindo céu de Bariloche é de tirar o fôlego. Durante o passeio de catamarã a paisagem vai se transformando entre montanhas com neve, gaivotas no céu, até chegar na Isla Victoria, que tem um mix de vegetação impressionante e um lago especialmente lindo no seu interior.
O bosque Los Arrayanes, que fica em Villa La Angostura é também muito bonito. Tem todo o charme de uma passarela que passa por uma região mais úmida e de árvores nativas. Isla Victoria, para mim, teve um charme a mais, mas, o passeio do bosque está incluído no pacote do catamarã, é mais rápido e vale a pena também.
Contratamos esse passeio direto com a agência Cau Cau. Optamos pelo pacote com transfer desde o hotel, mas sem comida. Honestamente, acho que acertamos muito na decisão.
Restaurantes, vinhos e chocolates
A comida em Bariloche é muito saborosa. Especialmente carnes, pescados e chocolates.
No primeiro dia fomos no restaurante Alto el Fuego, o melhor de todos para carnes e com uma adega de vinhos maravilhosa. Tudo muito saboroso, com destaque também para a melhor empanada da viagem.
Hosteria La Casita foi a maior surpresa! Não estava na nossa lista, foi dica de uma moradora da cidade. Tudo perfeito – comida, atendimento e carta de vinhos. Provamos um fondue de queijo especial!
No último dia almoçamos no El Boliche de Alberto. A carne e as papas fritas são espetaculares. Existem dois restaurantes com o mesmo nome. O de massas não nos agradou tanto, mas o de carnes é imperdível!
Além destes três restaurantes que considero o nosso TOP 3, almoçamos no Familia Weiss, bem em frente à Catedral, e provamos a famosa truta defumada. Deliciosa. Conhecemos também o El Patacon, que tem comida típica argentina.
Para comprar chocolates, geleias, patês e lembranças, existem muitas lojas no centro. De toda forma, a Rapanui se destaca e vale cada centavo de peso argentino e quilo adquirido. O chocolate e os sorvetes são maravilhosos.
A mala voltou cheia de lembranças e memórias inesquecíveis, além de algumas comidinhas patagônicas e vinhos, porque a gente gosta um pouquinho disso, não é mesmo?!
Confira algumas fotos da viagem no destaque Bariloche no perfil @gastrorose.
Por Ana Carla Wingert de Moraes
*Dica para comprar vinhos: conheça a Cava Patagónica, na Calle Mitre, 340. Fica dentro a Galería del Sol e você será atendido pelo Eduardo Schiebel, sommelier incrível do Brasil que hoje mora em Bariloche.
*Dica bônus: consulte a opção de enviar dinheiro via aplicativo Wester Union, a melhor cotação que encontramos. Valeu muito optar por essa transação – conseguimos sacar dinheiro com o dobro da cotação das casas de câmbio tradicionais.