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Bariloche

por Ana Wingert

Bariloche – dica de roteiro para você aproveitar a primavera na região dos lagos da Patagônia.

Além de passar uns dias em Buenos Aires, aproveitei as férias para conhecer a região de Bariloche. Mesmo fora da temporada de neve, a paisagem é exuberante e a cidade um charme para os fãs de natureza, vinho e gastronomia.

Circuito Chico, Centro de Bariloche e Cerro Otto

Ainda que você não faça nenhum passeio maior, em um dia é possível conhecer o centro de Bariloche, onde estão a maioria dos restaurantes, lojas e agências de turismo. Aliás, na nossa experiência, foi melhor contratar os passeios direto na cidade ao invés de sair do Brasil com a programação feita.

Os dias em Bariloche são bastante longos. Amanhece cedo e o sol se põe por volta das 20h. Em geral, todos os fins de tarde voltamos e ficamos pelo centro aproveitando para passear um pouco mais.

Fizemos em uma tarde o passeio do Circuito Chico com a agência Vivencias Travel e conhecemos o Cerro Campanario, o hotel Llao Llao e uma pequena fábrica de Aceite de Rosa Mosqueta. Algumas pessoas conseguem incluir a Cervejaria Patagônia nesse passeio, mas, como fomos mais tarde para a agência, acabamos não conseguindo.

Outro passeio que valeu muito a pena e é rápido para fazer, saindo do centro da cidade, é o Cerro Otto. Lá de cima da montanha é possível tomar um bom café da Confiteria Giratoria e ter uma visão privilegiada de toda a cidade.

Sete Lagos e San Martín de los Andes

O passeio pelos Sete Lagos com almoço em San Martín de Los Andes é um charme. Embora não tenha parada em todos os lagos (o que no final acaba até sendo melhor), todas as paisagens são inesquecíveis e a viagem cheia de cultura.

Mesmo conhecendo muita coisa incrível pelo caminho desde Bariloche, a viagem inicia oficialmente por Villa La Angostura, em uma parada rápida, na qual é possível comer um Waflle saboroso na Cucú Schulz. Depois, seguimos pelo Lago Espejo, Lago Correntoso, Lago Falkner e Lago Machónico até chegar em San Martín de Los Andes.

É uma viagem linda pela Ruta 40, que passa ao lado da Cordilheira dos Andes em boa parte do trajeto e onde é possível observar a rica diferença entre a vegetação de Bariloche e de Neuquén.

Também fizemos esse passeio com a agência Vivencias Travel.

Isla Victoria e Los Arrayanes

Soa até repetitivo, mas a beleza do Lago Nahuel Huapi, que rodeia quase toda Bariloche, é tanta que não custa ser insistente. E o passeio de catamarã para a Isla Victoria e Los Arrayanes tem que fazer parte do itinerário.

O azul do lago de águas glaciais, que reflete o lindo céu de Bariloche é de tirar o fôlego. Durante o passeio de catamarã a paisagem vai se transformando entre montanhas com neve, gaivotas no céu, até chegar na Isla Victoria, que tem um mix de vegetação impressionante e um lago especialmente lindo no seu interior.

O bosque Los Arrayanes, que fica em Villa La Angostura é também muito bonito. Tem todo o charme de uma passarela que passa por uma região mais úmida e de árvores nativas. Isla Victoria, para mim, teve um charme a mais, mas, o passeio do bosque está incluído no pacote do catamarã, é mais rápido e vale a pena também.

Contratamos esse passeio direto com a agência Cau Cau. Optamos pelo pacote com transfer desde o hotel, mas sem comida. Honestamente, acho que acertamos muito na decisão.

Restaurantes, vinhos e chocolates

A comida em Bariloche é muito saborosa. Especialmente carnes, pescados e chocolates.

No primeiro dia fomos no restaurante Alto el Fuego, o melhor de todos para carnes e com uma adega de vinhos maravilhosa. Tudo muito saboroso, com destaque também para a melhor empanada da viagem.

Hosteria La Casita foi a maior surpresa! Não estava na nossa lista, foi dica de uma moradora da cidade. Tudo perfeito – comida, atendimento e carta de vinhos. Provamos um fondue de queijo especial!

No último dia almoçamos no El Boliche de Alberto. A carne e as papas fritas são espetaculares. Existem dois restaurantes com o mesmo nome. O de massas não nos agradou tanto, mas o de carnes é imperdível!

Além destes três restaurantes que considero o nosso TOP 3, almoçamos no Familia Weiss, bem em frente à Catedral, e provamos a famosa truta defumada. Deliciosa. Conhecemos também o El Patacon, que tem comida típica argentina.

Para comprar chocolates, geleias, patês e lembranças, existem muitas lojas no centro. De toda forma, a Rapanui se destaca e vale cada centavo de peso argentino e quilo adquirido. O chocolate e os sorvetes são maravilhosos.

A mala voltou cheia de lembranças e memórias inesquecíveis, além de algumas comidinhas patagônicas e vinhos, porque a gente gosta um pouquinho disso, não é mesmo?!

Confira algumas fotos da viagem no destaque Bariloche no perfil @gastrorose.

Por Ana Carla Wingert de Moraes

*Dica para comprar vinhos: conheça a Cava Patagónica, na Calle Mitre, 340. Fica dentro a Galería del Sol e você será atendido pelo Eduardo Schiebel, sommelier incrível do Brasil que hoje mora em Bariloche.

*Dica bônus: consulte a opção de enviar dinheiro via aplicativo Wester Union, a melhor cotação que encontramos. Valeu muito optar por essa transação – conseguimos sacar dinheiro com o dobro da cotação das casas de câmbio tradicionais.

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