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Baronesa P.

por Ana Wingert

Importadora World Wine realizou no Brasil o lançamento da nova safra do icônico vinho Baronesa P., produzido pela vinícola Escudo Rojo no Chile em homenagem à Baronesa Philippine de Rothschild.

A Baronesa Philippine de Rothschild

Filha única do Baron Philippe de Rothschild, Philippine Mathilde Camille de Rothschild herdou não apenas um tesouro em 1988, mas também uma grande responsabilidade, sempre compartilhada com seus três filhos – Camille, Philippe e Julien.

Atriz de sucesso em Paris, onde utilizava o nome artístico Philippine Pascal, pausou sua carreira na década de 80 para dar seguimento ao trabalho do pai em Bordeaux, trazendo Mouton – talvez o mais icônico dos cinco premiers crus classés de Bordeaux – e a holding Baron Philippe de Rothschild SA para o século XXI.

Isto porque, conduziu com passo firme a empresa, respeitando o legado de Baron Philippe, mas trouxe sua energia comunicativa e carisma estonteante para modernizar e desenvolver a empresa.

Além de produzir vinhos de qualidade excepcional e prestígio mundial, em 1981, afirmando o vínculo entre Mouton e arte, a Baronesa revelou ao público um trabalho original e itinerante, chamado “Mouton Rothschild – Paitings for the Labels”, exibição desde então sempre muito bem recebida em museus de todo o mundo.

Pinturas originais de Picasso, Andy Warhol, Salvador Dali, entre outros artistas consagrados foram criadas exclusivamente para ilustrar rótulos de diferentes safras dos vinhos de Mouton Rothschild.

Baron Philippe de Rothschild no Chile

Fiel ao espírito pioneiro de Baron Philippe, que em 1978 criou o vinho Opus One na Califórnia junto com Robert Mondavi, considerado atualmente como um dos melhores vinhos do mundo, a Baronesa foi responsável pela expansão da empresa na América do Sul.

Atraída pela riqueza e potencial do terroir do Chile e pela possibilidade de produzir vinhos à altura de suas exigências, em 1997 a Baronesa Philippine se associou às famílias Larrain e Guilisasti, proprietárias da Concha y Toro, para criar o grande vinho franco-chileno chamado Almaviva, um dos melhores vinhos da América do Sul.

Dois anos mais tarde, decidida a reforçar a presença da empresa Baron Philippe de Rothschild no Chile, passou a elaborar seu próprio vinho no coração do Vale do Maipo, o Escudo Rojo. Atualmente, a empresa também produz vinhos no Vale de Casablanca e Vale do Colchagua.

Escudo Rojo, nome da empresa no país, é a expressão em espanhol do emblema que remete ao nome da família – Rote Schild, escudo vermelho em alemão.

A experiência dos enólogos se pôs à serviço do terroir chileno a fim de revelar seu excepcional potencial. A seleção de uvas, realizada de forma manual e óptica, e a arte do assemblage, selo distinto dos vinhos de Rothschild, se levam a cabo com a mesma paixão e o mesmo rigor da elaboração dos vinhos na França.

Vinte anos depois, a obra empreendida pela Baronesa Philippine de Rothschild no país resultou em um cuvée que leva a inicial do seu nome, perpetuando sua linda e marcante história, resultado do assemblage de cinco uvas, com predominância da Cabernet Sauvignon.

Para Emannuel Riffaud, o vinho tem paixão e alma e é o projeto mais carregado de emoção e pressão pelo qual foi responsável em sua vida profissional.

Degustação em Curitiba

Durante almoço exclusivo para convidados, com a presença de Emannuel Riffaud, enólogo-chefe e diretor geral da Baron Philippe de Rotschild no Chile, e Rémi Coubronne, Diretor Comercial da América, a importadora World Wine promoveu o lançamento da nova safra do vinho elaborado em homenagem à Baronesa, bem como apresentou outros quatro rótulos da marca Escudo Rojo.

Quanto às minhas impressões, inicio destacando o privilégio de participar da experiência de degustação junto com o produtor-chefe deste vinho tão icônico, pela qualidade impressionante e pelo peso do nome que carrega em seu rótulo preto e imponente – Baronesa P.

Baronesa P. é esplêndido, elegante. Feito com paixão. Tem alma! Mostra o detalhe do detalhe de cada barrica, refletindo a personalidade de sua homenageada e perfil dos vinhos apreciados por ela, que sempre degustou trabalhos de excelência em todo o mundo.

Degustamos também o Sauvignon Blanc de Escudo Rojo, vinho oriundo do Vale de Casablanca, que envelhece seis meses em cubas de aço com agitação de borra, o que lhe acrescenta mais textura e cremosidade.

Reserva Syrah, 100% varietal, é impressionante. Vinho maduro, macio e suculento. Tem muita elegância e complexidade aromática, além de um excelente potencial gastronômico. Grande destaque na minha opinião.

Também produzido na região do Maipo Andes, o varietal Reserva Cabernet Sauvignon é rico, intenso em especiarias. Maduro é muito bem finalizado.

Por fim, o Gran Reserva 2019 é complexo, harmonioso e agradável. Produzido com as uvas de Baronesa P., mas com proporções distintas, é um vinho que expõe bem o terroir do Vale Central do Chile, com toda a elegância francesa empreendida pela vinícola Escudo Rojo no país.

Todos os vinhos são trazidos ao Brasil pela importadora World Wine e estão disponíveis para compra nas lojas físicas e no e-commerce da empresa.

Muito obrigada pela rica experiência, World Wine e Orantes Asessoria. Foi um grande prazer!

Por Ana Carla Wingert de Moraes

Foto de capa: Chateau Mouton-Rothschild

1 Comentários

Renata Soares 20/04/2023 - 22:21

Que mulher impressionante a Baronesa. Os vinhos devem ser maravilhosos. Vou querer provar.

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