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Churchill’s

por Ana Wingert

Com seu espírito de independência, Johnny Graham fundou em 1981 a vinícola boutique Churchill’s para produzir vinhos com seu estilo pessoal, unindo a tradição familiar do blending com uma abordagem de vinhos mais puros, elegantes e frescos.

Seu ímpeto independente e paixão fazem parte da cultura da vinícola e inspiram quem o segue e aprecia seus vinhos de estilo único no Douro e no Porto.

O último de uma linhagem familiar de fundadores, cujo legado existe há seis gerações na região demarcada do Douro, Johnny Graham trilhou seu próprio caminho ao recusar seguir carreira em uma das grandes casas de Vinho do Porto e fundar do zero, aos 29 anos de idade, a Churchill’s, junto com seus irmãos William e Anthony e com a esposa Caroline Churchill, que deu o nome à marca.

Em 50 anos, ninguém havia se atrevido a esta altura para fundar uma nova casa de Vinho do Porto.

Em 2003 o enólogo Ricardo Pinto Nunes participou da sua primeira vindima na Churchill’s e em 2007, depois de trabalhar nas regiões vinícolas da Nova Zelândia e do Chile, juntou-se à Johnny Graham na Churchill’s.

Os vinhos do Douro da Churchill’s nasceram desta longa parceria e combinam os métodos tradicionais do Douro, inspirados pela vasta experiência de Jhonny na produção de Vinho do Porto, com técnicas modernas importadas da formação internacional de Ricardo, para juntos produzirem vinhos em constante evolução e que promovem sua missão de colocar o Douro no mapa com uma das grandes regiões produtoras de vinho do mundo.

Juntos, os dois enólogos produzem vinhos que elevam a natureza e expressam o terroir único do Douro, de forma elegante, pura e fresca.

Churchill’s Grafite

Em passagem pelo Brasil, Zoe Graham promoveu o lançamento em primeira mão da linha Churchill’s Grafite, que conta com rótulos que valorizam o trabalho artístico dos dois enólogos, que se dedicam a produzi-los da forma mais natural possível e através dos princípios da agricultura sustentável.

Para a CEO da vinícola, a linha Grafite é representativa do estilo da Churchill’s. “Com sua acidez vibrante, quase elétrica, pureza de fruta, muita elegância e equilíbrio, os vinhos revelam um novo Douro”, destaca Zoe Graham.

A Diretora Comercial da Churchill’s conta também que o nome Grafite surgiu dentro da própria adega e das notas da sala de prova e reflete o caráter mineral bastante presente nos vinhos, tanto no Grafite Branco quanto nos cortes e varietais tintos – estes últimos, uma nova tendência recente do Douro.

Os vinhos da linha Grafite da Churchill’s tem perfil fresco, complexo, com personalidade de casta e sem sobreposição de madeira. São vinhos que privilegiam a fruta, o frescor e o respeito pelo terroir.

Vinhos inspirados pelo Douro

Inspirados pela beleza atemporal do Douro e pelo terroir da Quinta da Gricha, a casa da Churchill’s em Cima Corgo (sub-região do Douro onde se encontram a maioria das principais quintas de Vinhos do Porto), é nesta propriedade de 50 hectares de vinhas “letra A” e lagares de granito onde os Vinhos do Porto são pisados a pé desde o ano de 1852.

Com o nome da nascente natural de água (gricha) que alimenta as vinhas, a Quinta da Gricha situa-se em um microclima de altitude, com exposição solar norte das vinhas e exposição ao vento que regula naturalmente a umidade das videiras.

As vinhas mais antigas tem mais de 80 anos e produzem diversas castas autóctones do Douro que dão corpo a vinhos de estrutura e complexidade.

Todos os vinhos da Churchill’s contam com parcelas de uvas da Quinta da Gricha.

  • A título de curiosidade, vinha “letra A” trata-se de uma classificação de solos do Douro, criada entre os anos 1930 e 1940, em que as parcelas de vinhedos recebiam letras de A à F. As vinhas de letra A (geralmente mais próximas ao rio Douro), em teoria, são as melhores, pois são as que amadurecem melhor e aportam maior concentração e potência aos vinhos.

Sustentabilidade, intervenção mínima e circularidade

Toda a produção da Churchill’s tem como compromisso a sustentabilidade e intervenção mínima aliada aos métodos de produção tradicionais para que as próximas gerações também possam continuar a produzir vinhos de excelente qualidade na região durante muitos séculos.

Também, atenta à necessária circularidade, os rótulos da linha Grafite são impressos em papel com 15% de uva reciclada e cada linha de seu desenho representa um talhão de vinha. As cores distintas simbolizam o estilo principal de cada vinho.

Porto Tawny 10 anos e Meio Queijo

Entram também no portfólio da importadora o vinho do Porto Tawny 10 anos, produzido com uvas “letra A”, que são apanhadas e selecionadas à mão, pisadas a pé nos lagares de granito da Quinta da Gricha e fermentadas apenas com leveduras indígenas; e os rótulos Meio Queijo, linha mais acessível da vinícola, igualmente elaborada com a alta qualidade vinda do Douro.

Refletindo o estilo único da vinícola, o Vinho do Porto da Churchill’s 10 anos tem perfil mais seco e estruturado, fruto da visão clara do vinho que Johnny pensava em produzir quando fundou a vinícola com seus irmãos.

Os vinhos da linha Meio Queijo são exuberantes e aromáticos, mas igualmente refletem o frescor e pureza da fruta. São vinhos que orgulham a vinícola, por serem referência em Portugal no consumo cotidiano e igualmente refletem o estilo independente e a nova imagem do Douro que Jhonny vislumbrou desde a concepção da Churchill’s.

Degustação em Curitiba

Foi um grande privilégio conhecer os rótulos da Churchill’s em uma degustação guiada pela Diretora Comercial Zoe Graham que dá sequência ao trabalho familiar inaugurado pelo pai Johnny Graham em 1981.

Durante o lançamento para convidados, em um almoço em Curitiba, tive a oportunidade de degustar oito rótulos: Meio Queijo Branco 2022, Grafite Douro Branco 2022, Meio Queijo Tinto 2021, Grafite Douro Tinto 2020, Grafite Tinta Roriz (Tempranillo) 2019, Grafite Touriga Nacional 2015, Grafite Grande Reserva 2014 e Churchill’s Tawny Port 10 anos.

Além da CEO da vinícola, estavam também presentes a representante da importadora no Brasil, Rita Ibanez, e o diretor da Mise en Place Wine, Claudemar Hernandes, que trouxeram muita informação e novidade dos novos rótulos recém incorporados ao portfólio da Inovini, divisão de vinhos finos da Aurora Fine Brands.

Meu preferidos foram Grafite Douro Branco e Grafite Tinta Roriz (Tempranillo). Além, é claro, do expressivo Churchill’s Tawny Port 10 anos, diferente de todo vinho do Porto que provei até o momento.

Os rótulos da Churchill’s são distribuídos em Curitiba pela Mise en Place Wine e prometem trazer um novo Douro às nossas taças. A experiência é deliciosa, vibrante e merece ser vivida, eu posso garantir!

Por Ana Carla Wingert de Moraes

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