Vinho velho é melhor que vinho jovem? Top 10 das nossas dúvidas, ao menos uma vez na vida, não é mesmo?
A resposta, para quem vem da aérea jurídica é a mais satisfatória: depende!
Assim como existem pessoas boas quando jovens, existem as que evoluem e se tornam boas com o tempo, as que se tornam amargas depois que amadurecem e as que nunca serão boas, velhas ou jovens.
No vinho não é diferente. E a reposta para essa pergunta tem a ver com gosto pessoal e a proposta do produtor.
Certo é que vinho bom é vinho tecnicamente bem feito e sem defeitos.
Existem vinhos feitos para consumo jovem, com características mais leves, frescas e com acidez vibrante que vão perder qualidade se guardados por muito tempo. Vinhos que perdem a acidez, por exemplo, são chochos e quase impossíveis de serem tomados.
De outro lado, há vinhos que precisam evoluir, como os tintos que recém produzidos são muito tânicos. O amadurecimento sempre vai lhes fazer bem. Exemplo disso são os Brunello di Moltalcino DOCG e os Gran Reserva espanhóis.
Sim, em regra, o custo desse tempo de guarda e de evolução na vinícola importa em preços mais expressivos. Mas isso não significa, por si só, que vinho velho é melhor que vinho jovem.
Para quem gosta de vinhos jovens, vinho novo sempre vai ser melhor. Da mesma forma que quem aprecia vinho de guarda sempre vai preferir vinhos mais velhos.
Ou seja, vale a pena descobrir seu gosto pessoal e até mesmo entender em que momento você se encontra. Já aconteceu comigo e contigo possivelmente de provar um grande vinho de guarda e não ter maturidade suficiente para apreciar. Que pena, mas é assim que evoluímos.
Por isso, arrisque-se. Não tenha medo de experimentar!
Por Ana Carla Wingert de Moraes
2 Comentários
Adorei o link com a evolução pessoal. Vale ressaltar que nenhum vinho é igual ao outro ainda que do mesmo lote e que em cada taça, devido a fatores externos, temos uma evolução contínua, seja ele novo ou velho.
Exatamente! A cada taça uma nova experiência, um novo prazer e aprendizado. 😉