Breve história do vinho rosé
No século 6 a.C. os gregos Phoceos chegaram no sul da França, para onde levaram vinhas e começaram a cultivar a uva na colônia onde se estabeleceram. Já nessa época passaram a produzir vinhos de cor pálida, com pouquíssimo contato com as cascas, mesmo que não filtrados e não clarificados. Os vinhos eram fermentados e guardados em ânforas.
Para se proteger das invasões etruscas, cartaginesas e celtas, os gregos aliaram-se à República Romana e a região tornou-se a primeira província romana fora da Itália, sendo chamada de nostra província – nossa região, que em francês é notre province, origem do nome atual.
Com a neutralização da região e a expansão do comércio, a aliança com Roma proporcionou a oportunidade para a Provence de exportar os vinhos ali produzidos, que já eram renomados em todo o Mediterrâneo pela grande qualidade.
Curiosamente, embora os italianos tenham levado também para a região a cultura do vinho tinto, durante centenas de anos o vinho tinto nessa região era consumido pelos pobres, enquanto que os vinhos brancos e rosés eram apreciados pela aristocracia e pela Igreja.
No século XIV, a Provence se tornou residência papal, em Avignon, momento em que os líderes nobres e militares passaram a administrar os vinhedos da Provence, construindo fundações modernas que resultaram no prestígio mundial do vinho rosé.
Infelizmente, após a filoxera e durante um período de tempo o vinho rosé perdeu seu lugar à mesa por puro preconceito, mas, por fim, por influência de artistas, escritores e poetas retomou à sua ascensão, sendo atualmente um dos vinhos com maior tendência de mercado e produzido em todo o mundo.
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Por Ana Carla Wingert de Moraes
Fotografia de capa: @thewisperingangel