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A cor do Rosé

por Ana Wingert

Cor do vinho rosé

A cor do vinho rosé é resultante da variedade de uva, espessura da casca, maturidade da safra, tempo de maceração, maturação, oxidação e estilo do produtor.

Curiosamente, a cor profunda não significa sempre aromas intensos e alguns rosés extremamente claros podem ser incluídos entre os mais estruturados e aromáticos do mercado.

Os rosés contam com uma paleta de cores de mais de sessenta nuances catalogadas pelo Centre Du Rosé e variam desde cores como melão, pêssego, salmão, passando para tons mais alaranjados, como pomelo e tangerina, e intensos, de coloração framboesa, coral e groselha, por exemplo. 

A cor do vinho e as belas garrafas são, sem dúvida, um dos grandes diferenciais do vinho rosé.

Métodos de produção

Importante ressaltar que o vinho rosé não é um subproduto do vinho tinto e, especialmente a partir do ano 1985, com a influência da enóloga Régine Sumiere do Châteu La Tour de L’Aveque, passou a ter uma vitivinicultura intencional, que deu início aos rosés mais delicados.

Nesta vitivinicultura intencional são considerados o local de produção, as castas, a data da colheita e o tempo de maceração pelicular para a diversificação de estilo dos vinhos rosés. 

  • Prensagem direta – as uvas são prensadas imediatamente após a colheita para minimizar o tempo de contato com as cascas. O tempo curto, que não ultrapassa três horas, produz vinhos com pouca extração de cor e que preservam a intensidade e o frescor de aromas.
  • Sangria – no método da sangria as uvas são amassadas com as cascas e fazem maceração de oito a vinte horas. Resultam em vinhos com mais cor e menos aromas. Chamado de Rosé D’Une Nuit – maceração que dura meio dia e uma noite.
  • Corte – é a mistura do vinho branco com o vinho rosé. Praticamente em desuso quando se fala em vinhos tranquilos. Mas, ainda é muito usado na produção de Champagne e outros espumantes rosés.

Estilos de vinhos rosé

Em termos de estilo, duas são as principais categorias de vinhos rosés: vins de soif e vin gastronomique.

  • Vins de Soif: vinhos de sede. Leves, vivos e refrescantes. Produzidos sem madeira. Podem ser consumidos sozinhos, com aperitivos ou harmonizando com comidas.
  • Vin Gastronomique: tem cor, corpo e estrutura mais intensa. Podem estagiar em barricas e se tornam mais agradáveis quando acompanham uma refeição.
  • Rosés meio-secos e vinhos para beber com gelo – nova tendência do mercado, esse estilo de rosé é mais doce e agrada especialmente paladares iniciantes.

O contato mínimo com as cascas evita notas ásperas e verdes nos vinhos rosés, quando a uva é colhida mais fresca, e evita muita cor e extração de taninos, quando a uva é colhida mais madura.

Menos de 20% dos vinhos rosés são submetidos à conversão malolática total para preservar as características de fruta fresca e vibrante. Os vinhos que passam por conversão malolática buscam criar uma sensação mais redonda e agradável em boca, mas mascaram a fruta.

Por Ana Carla Wingert de Moraes

Foto de capa: @maisonmirabeau

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