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Vinho e música

por Ana Wingert

Vinho e música! Nada mais gostoso do que perceber o vinho sobre diferentes análises sensoriais e, porque não, através de sua interação com a nossa música preferida.

Na hora de degustar um bom vinho nossos sentidos e emoções estão sempre envolvidos. O momento, a companhia e o ambiente podem interferir, assim como nosso estado de espírito. Por isso, estar bem em todos os sentidos sem dúvidas melhora a nossa experiência.

Pensando nisso, a pedido da Wine em Casa preparei uma lista de vinhos que combinam com os estilos musicais preferidos do Leo Tramontin. Confira e aproveite para curtir também!

  • Bossa: voz baixa, temas do dia a dia, ritmo calmo e suave.

Assim como esse ritmo calmo e suave, aposte em vinhos leves, melódicos e versáteis.

Go Up Sauvignon Blanc – branco leve, gostoso, bem equilibrado, com bom volume em boca e que dança ao ritmo fluído do Bossa Nova no paladar. Reflete brasilidade, frescor e tropicalismo através dos aromas e sabores de maracujá e de suas notas cítricas refrescantes.

Exhib’Côtes du Thau Cap d’Agde – rosé agradável, fresco e frutado, fácil de beber. Exuberante em aromas e sabores florais e de frutas cítricas, apresenta toda a elegância e o espírito despretensioso do sul da França que combinam muito com a suavidade do ritmo.

  • Samba: vida urbana, romantismo exacerbado e melódico, leve humor.

O romantismo e humor do samba certamente combinam com vinhos alegres e envolventes.

Frisante Pino Pino Blanc de Noir – tal como ouvir o compasso do samba, esse vinho frisante é refrescante e fácil de tomar. De corpo leve e delicado, tem aromas de maçã verde, pera e flores brancas, frescor persistente e leve borbulha envolvente que encantam o sambista.

ConoSur Bicicleta Rosé – rosé alegre com aromas de morango, cereja e frutas cítricas. Bem equilibrado, tem taninos macios e final refrescante. Um vinho fácil de tomar, que samba ao som do batuque no nosso paladar e te convida sempre a uma nova taça.

  • Pop: refrões e batidas repetidas, popular ao extremo, eclética.

Gênero musical jovem, com ritmo acelerado, batidas envolventes e refrãos que contrastam a melodia. Focado na modernidade, no amor e relacionamentos.

Hey Rosé – o que mais moderno e pop do que uma super-heroína estampada no rótulo de um vinho? Ao estilo diva do pop, esse rosé é versátil, suculento, com muito equilíbrio entre o dulçor e acidez da uva. Aromas surpreendentes de frutas cítricas e flores brancas. Uma delícia.

Marius Rouge Pays D’oc – se você é do team que não abre mão do vinho tinto, aposte nesse vinho descontraído, frutado e com agradável frescor do sul da França. Das uvas Syrah e Grenache é um vinho delicioso, envolvente e alegre para acompanhar as batidas do pop.

  • Jazz: Swing, balanço, improviso, ritmos não lineares.

Estilo musical mais introspectivo, sofisticado e contemplativo pede vinhos tintos leves ou médios, elegantes, frescos e com taninos macios.

Rendez-Vous Pinot Noir – tinto leve e frutado, com taninos delicados e o bom frescor da uva mais elegante. Tem profundidade e capacidade perceptíveis aos apreciadores mais contemplativos, que vão se deliciar com suas frutas vermelhas maduras e toques defumados.

Chorinho Douro Doc – tinto equilibrado, com acidez refrescante, tem taninos macios e quase imperceptíveis. Aromas de cereja e amora silvestre num vinho de corte português repleto de elegância e que espalha música desde o seu nome até a sua prova em boca.

  • Blues: interpretação complexa, semi-improviso, intensidade de sentimentos.

O Blues é envolvente, vigoroso e combina com vinhos tintos de corpo médio, suculentos, com elevada graduação alcoólica, aromas intensos de frutas vermelhas e negras e final elegante.

Pruno Villacreces – tinto sedutor de Tempranillo e Cabernet Sauvignon, tem boa estrutura, muito volume em boca e taninos redondos e persistentes. Aromas de frutas vermelhas e especiarias, com nuances balsâmicas. Intrigante e evolvente como o Blues.

Garzon Marselan Reserva – feito com a elegante e sedosa uva Marselan, revela toques minerais e mentolados que se complementam com frutas vermelhas e negras. Tem boa estrutura e final de boca maduro e marcado, fazendo dele um vinho rico e envolvente.

  • Indie: autonomia, alternativo, distante do mercado comercial.

Assim como o Indie, o vinho precisa ter um estilo que foge às grandes massas, deve ser produzido para pequenos e seletos grupos de apreciadores.

This is not Another Lovely Malbec – apresenta uma nova visão da uva mais icônica na Argentina. Jovem, alegre, com acidez vibrante, álcool baixo, taninos marcados e macios e muita fruta e mineralidade vindas da fermentação em ovos de concreto. Ousado e encantador.

Garzon Estate Tannat de Corte – tinto de Tannat, uva famosa pelos taninos firmes e marcados, suavizado pelas demais uvas do corte, que resultam em muita fruta vermelha, especiarias, toques herbáceos e florais. Tem médio corpo e final de boca fresco e persistente. 

  • Rock ‘n’ Roll: atitude, irreverência, contagiante.

De cara esse estilo musical grita por tintos encorpados, potentes, austeros e dramáticos. Um vinho robusto e poderoso que não pode jamais ser abafado pelos solos de guitarra.

Kaiken Ultra Cabernet Sauvignon – tinto de muita estrutura, complexidade e grande final. Tem taninos firmes abundantes e teor alcóolico elevado como o Rock’n’Roll, além de notas profundas de frutas negras e frutas vermelhas. Vinho show.

Montes Selección Limitada Cabernet/Carmenére – encorpado e com final duradouro, tem aromas potentes de evolução em madeira como café, caramelo e chocolate vindos do emblemático blend chileno. Precisa ser decantado para uma melhor apreciação.

Em conclusão, vinho e música vão ser sempre um ótimo blend, que vai nos envolver de forma diferente. Mas, só vamos fazer uma harmonização legal com algo que toca, que agrada e faz bem.

Então, caso esses não sejam os teus estilos musicais preferidos, não hesite em me perguntar o que combina com você. E não se preocupe, vinho combina com tudo. Só não combina com taça vazia!

Por Ana Carla Wingert de Moraes

OBS: esse texto trata de possível harmonização subjetiva e lúdica, sem fundamento técnico ou científico e sem distinção de certo ou errado.

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