Os números de mercado confirmam, o rosé está cada vez mais nas nossas taças. No entanto, quando comecei a pensar nele anos atrás, sempre tinha alguém que me questionava: porque rosé?
Rosé é um vinho que para o mercado brasileiro é muito importante, especial. É interessante como estilo, como preço e como ideia. Sua versatilidade pode passar nas nossas taças em muitos momentos, sobretudo no calor.
Por isso, seguem algumas anotações básicas:
Serviço do vinho rosé
O vinho rosé além de ser perfeito para ser consumido sozinho pelo frescor e versatilidade, acompanhando ou não um prato de comida, também pode ser utilizado em coquetéis, com bebidas destiladas e frutas.
Como é um vinho para ser bebido fresco, o ideal é usar uma taça menor do que a de vinho tinto.
Temperatura de serviço
Feito para consumo mais fresco, os rosés devem ser servidos entre 7° e 10°C, quando são mais leves e alguns mais estruturados pedem temperaturas entre 10° e 12°C.
Quando servidos muito frios, perdem características aromáticas e aumentam a sensação de tanino e acidez, enquanto que, se servidos quentes, o álcool se sobrepõe.
Armazenamento
Vinho rosé, na enorme maioria e em razão de suas características principais, é produzido para consumo imediato, logo após ser colocado à venda pela vinícola.
Mas, se você quiser ter um estoque em casa, o ideal é guardar as garrafas em temperatura constante e sem vibração de 12° a 15°C e sem exposição direta à luz.
A exposição à luz pode causar defeito no vinho, conhecido como Gôut de Lumiére: o vinho perde a característica exuberante de fruta e passa a ter notas oxidativas – na cor e também nos aromas.
Mas, as pessoas querem ver a cor dos rosés e, por isso, as garrafas são brancas. Logo, o ideal é comprar o vinho mais próximo do ano da safra – pois, como mencionei acima, em regra, eles não são vinhos longevos.
É claro, existem vinhos rosés para guarda, que desenvolvem características terciárias e são realmente muito interessantes. De todo modo, infelizmente, eles não são comuns no nosso mercado.
Harmonização
- Versatilidade para pratos diferentes – equilíbrio e frescor que ampliam o leque de combinações.
- Nem sempre o vinho com menor extração de cor tem pouco sabor. Rosés pálidos podem ser complexos.
- A acidez do vinho rosé quebra a gordura e limpa o sabor no paladar, preparando nossas papilas gustativas para saborear a comida.
- O peso do prato e o peso do vinho devem estar em harmonia, inclusive para os vinhos rosés.
- Observe a intensidade do alimento X intensidade do vinho na hora de combinar.
- Açúcar residual e fruta madura são ótimos amigos para pratos picantes e sobremesas doces com base de frutas vermelhas ou pêssego, por exemplo.
Essas são algumas das minhas anotações sobre rosé, além, é claro, do que já publiquei por aqui sobre a cor dos rosés, a história do rosé e o rosé da Provence.
Agora, me conta você nos comentários: porque rosé?
Por Ana Carla Wingert de Moraes
Foto de capa: @maisonmirabeau