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Porque rosé?

por Ana Wingert

Os números de mercado confirmam, o rosé está cada vez mais nas nossas taças. No entanto, quando comecei a pensar nele anos atrás, sempre tinha alguém que me questionava: porque rosé?

Rosé é um vinho que para o mercado brasileiro é muito importante, especial. É interessante como estilo, como preço e como ideia. Sua versatilidade pode passar nas nossas taças em muitos momentos, sobretudo no calor.

Por isso, seguem algumas anotações básicas:

Serviço do vinho rosé

O vinho rosé além de ser perfeito para ser consumido sozinho pelo frescor e versatilidade, acompanhando ou não um prato de comida, também pode ser utilizado em coquetéis, com bebidas destiladas e frutas.

Como é um vinho para ser bebido fresco, o ideal é usar uma taça menor do que a de vinho tinto.

Temperatura de serviço

Feito para consumo mais fresco, os rosés devem ser servidos entre 7° e 10°C, quando são mais leves e alguns mais estruturados pedem temperaturas entre 10° e 12°C.

Quando servidos muito frios, perdem características aromáticas e aumentam a sensação de tanino e acidez, enquanto que, se servidos quentes, o álcool se sobrepõe.

Armazenamento

Vinho rosé, na enorme maioria e em razão de suas características principais, é produzido para consumo imediato, logo após ser colocado à venda pela vinícola.

Mas, se você quiser ter um estoque em casa, o ideal é guardar as garrafas em temperatura constante e sem vibração de 12° a 15°C e sem exposição direta à luz.

A exposição à luz pode causar defeito no vinho, conhecido como Gôut de Lumiére: o vinho perde a característica exuberante de fruta e passa a ter notas oxidativas – na cor e também nos aromas.

Mas, as pessoas querem ver a cor dos rosés e, por isso, as garrafas são brancas. Logo, o ideal é comprar o vinho mais próximo do ano da safra – pois, como mencionei acima, em regra, eles não são vinhos longevos.

É claro, existem vinhos rosés para guarda, que desenvolvem características terciárias e são realmente muito interessantes. De todo modo, infelizmente, eles não são comuns no nosso mercado.

Harmonização

  • Versatilidade para pratos diferentes – equilíbrio e frescor que ampliam o leque de combinações.
  • Nem sempre o vinho com menor extração de cor tem pouco sabor. Rosés pálidos podem ser complexos.
  • A acidez do vinho rosé quebra a gordura e limpa o sabor no paladar, preparando nossas papilas gustativas para saborear a comida.
  • O peso do prato e o peso do vinho devem estar em harmonia, inclusive para os vinhos rosés.
  • Observe a intensidade do alimento X intensidade do vinho na hora de combinar.
  • Açúcar residual e fruta madura são ótimos amigos para pratos picantes e sobremesas doces com base de frutas vermelhas ou pêssego, por exemplo.

Essas são algumas das minhas anotações sobre rosé, além, é claro, do que já publiquei por aqui sobre a cor dos rosés, a história do rosé e o rosé da Provence.

Agora, me conta você nos comentários: porque rosé?

Por Ana Carla Wingert de Moraes

Foto de capa: @maisonmirabeau

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